Flamengo vence Emelec no Engenhão mas sai vaiado de campo


Não, o gol da vitória do Flamengo não foi de Negueba: o atacante perdeu esta chance incrível aos 44 minutos do segundo tempo
Foto: Cezar Loureiro / Agência O Globo
O atacante Nequeba perdeu esta chance incrível aos 44 minutos do segundo tempo

RIO - Seja com três zagueiros ou quatro atacantes, o Flamengo não convence. Mesmo na vitória. 
Apesar do 1 a 0 sobre o Emelec, no Engenhão, que valeu a liderança do grupo 2 da Libertadores, a torcida rubro-negra começa a perder a paciência com a irregularidade da equipe, com as mudanças do técnico Joel Santana e com os erros de Ronaldinho Gaúcho, que foi vaiado em boa parte do segundo tempo, mesmo depois de ter participado decisivamente do gol de Vágner Love. Vaias democraticamente distribuídas para toda a equipe após o apito final. O time equatoriano atuou com um homem a menos em toda a segunda etapa.

Líder com quatro pontos, o Flamengo volta a jogar pela Libertadores na próxima quinta, de novo no Engenhão, contra o Olimpia, segundo colocado com três. Também com três, o Emelec é o terceiro. Domingo, o time da Gávea vai enfrentar o Fluminense no clássico da terceira rodada da Taça Rio, provavelmente sem Leo Moura, que deixou o gramado com apenas meia hora de jogo e dificilmente terá condições de jogar o Fla-Flu.

- Ainda está doendo um pouco, vamos esperar amanhã (sexta-feira) para ver o que vai acontecer - comentou Leo Moura, que foi o melhor do time enquanto esteve em campo.

Sem poder povoar o meio-campo de volantes, por causa da série de lesões no elenco, Joel não abandonou seu estilo, e escalou o time com três zagueiros. Mesmo com toda a proteção defensiva, porém, o Emelec não teve dificuldade para criar o primeiro lance de perigo do jogo: logo aos três minutos, Figueroa recebeu livre na área e chutou cruzado, Paulo Victor defendeu com o pé e, no rebote, De Jesús mandou para fora.

Sem um meio-campo organizado, o Flamengo vivia dos avanços de Leo Moura pela direita. Num deles, aos oito, lançou Bottinelli, que cruzou para a conclusão de Ronaldinho Gaúcho, por cima. A dobradinha com o argentino funcionou de novo aos dez, mas Vágner Love não alcançou o cruzamento.

Os dois lances serviram para segurar o ímpeto do Emelec, mas não resultaram em pressão rubro-negra. Se o time carioca já estava pouco inspirado, a situação piorou aos 30, quando perdeu seu melhor jogador. Após mais um pique pela direita, Leo Moura, que voltava de uma contusão no joelho, caiu no gramado pedindo substituição. Embora tivesse um especialista da posição no banco, o jovem Galhardo, Joel Santana preferiu improvisar Negueba, que não conseguiu manter o nível de Leo Moura no setor.

Aos 42, a torcida gritou o nome de Bottinelli numa falta próxima à área, num primeiro sinal de descontentamento com Ronaldinho Gaúcho, que já havia desperdiçado uma cobrança, batendo em cima do goleiro, e se preparava para outra tentativa. O camisa 10, dessa vez, bateu mais forte, só que à direita do gol equatoriano. Nos minutos finais do primeiro tempo, De Jesús foi expulso por dar uma cotovelada em Welinton.

Com um a mais em campo, Joel decidiu abandonar a formação com três zagueiros, trocando o próprio Welinton por Deivid no intervalo. Mas o que fez a diferença, logo aos quatro minutos do segundo tempo, foi um lance de talento da dupla Vágner Love-Ronaldinho Gaúcho. O atacante recebeu ótimo passe do camisa 10 e chutou cruzado, de pé esquerdo, para abrir o placar.

O time carioca passou a dominar a partida, mantendo a bola por mais tempo no campo de ataque. A vantagem no placar e a melhora do time, no entanto, não foram suficientes para convencer a torcida, que perdeu a paciência com Ronaldinho Gaúcho. Após errar um passe de peito na área, o camisa 10 passou a ser vaiado pelos torcedores.

Com o Emelec limitado a chutes de longe de Valencia, o Flamengo continuou soberano. Mas sem empolgar. Principalmente porque os poucos bons lances criados só serviram para evidenciar a dificuldade dos atacantes para colocar a bola na rede. Deivid deixou a bola escapar após receber bom passe de Ronaldinho. E Negueba, aos 44, fez o torcedor lembrar do gol perdido por Deivid contra o Vasco: depois de driblar o goleiro Dreer na pequena área, chutou em cima de um defensor.

O Globo
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