Autor de massacre na Noruega está disposto a passar sua vida na prisão, diz promotor

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O autor confesso do massacre da Noruega, que deixou 93 mortos, afirma ter guardado R$ 4.663 (2.000 euros) para gastar com uma prostituta de luxo uma semana antes da execução dos dois atentados.

A informação consta no manifesto de 1.500 páginas que o norueguês Anders Behring Breivik, 32, teria publicado na internet. O texto está em inglês. Além do planejamento da chacina, o documento traz detalhes curiosos, segundo o tabloide britânico Daily Mail.

O acusado teria escrito, em um certo momento, que resolveria a questão da "acompanhante de luxo" em breve.

- Eu provavelmente vou arranjar isso um pouco antes da minha ação de mártir. Isso vai contribuir para descansar minha mente, porque imagino que vou ficar tenso e bem nervoso [com o atentado].

Sem namorada
O norueguês teria dito que não gostaria de frustrar sua operação se envolvendo com namoros de longa duração.

- Eu estou tentando evitar relacionamentos [amorosos] porque eles poderiam complicar meus planos, muito mais do que uma garota por uma noite (...). Eu tenho uma solução ocasional [prostitutas], ou uma garota para sair de vez em quando, ainda mais agora que eu estou em forma e me sentindo ótimo.

O manifesto, chamado de 2083: Uma Declaração Europeia de Independência (em tradução do inglês), declara "guerra de sangue" contra imigrantes e marxistas.

Partes do texto foram copiadas literalmente de documentos do terrorista americano Ted Kaczynski, conhecido como Unabomber.
O norueguês teria adaptado alguns textos do Unabomber à sua própria ideologia extremista.

Por exemplo, o fórum de debate document.no aponta que a palavra "esquerdismo" empregada pelo terrorista americano foi substituída por "marxismo cultural" e "multiculturalismo" no manifesto de Anders Breivik.

Família
O manifesto também inclui detalhes da vida de Breivik. Seu pai, o diplomata Jens Breivik, teve três filhos de um casamento anterior quando ele conheceu a mãe do criminoso, Wenche Behring, uma enfermeira.
A família viveu em Londres enquanto o pai trabalhava na Embaixada da Noruega.

Os pais se separaram quando ele tinha um ano, e ele foi trazido para Oslo com sua meia irmã Elisabeth e sua mãe, quando ela casou com um capitão do Exército da Noruega.

O réu confesso da chacina afirma no manifesto que seus pais não eram ativos politicamente, mas que apoiavam o Partido Trabalhista norueguês, o mesmo que foi alvo dos atentados.
Há indicações de uma infância conturbada, enquanto seu pai e sua mãe entraram em uma batalha pela custódia do filho - o pai e a madrasta perderam.

O criminoso afirma que tinha uma boa relação com o pai até chegar aos 15 anos, quando começou a praticar pequenos crimes, como pichações. A partir daí, o pai cortou contato com todos os filhos.
                                                                      polícia em Oslo

Anders Behring Breivik, que reconheceu ter cometido os ataques que deixaram 76 mortos na sexta-feira (22) na Noruega, declarou-se disposto a passar toda sua vida na prisão, disse nesta segunda-feira (25) o promotor Christian Hatlo.

- Ele disse durante os interrogatórios que está disposto a passar toda sua vida na prisão.
Ainda hoje, a Justiça determinou que Breivik ficará em isolamento total até 22 de agosto. Nesse período, ele não receberá visitas, cartas, nem terá acesso a notícias.

Durante a primeira audiência do caso em Oslo, o suspeito reconheceu os fatos, mas não se declarou culpado e explicou que queria defender seu país e a Europa do islamismo e do marxismo.

A corte decidiu que ele ficará sob custódia por um período total de oito semanas - ou seja, até 26 de setembro. O tribunal considerou que, se Breivik não fosse detido, haveria o risco de que provas do caso e as cenas dos crimes pudessem ser comprometidas.
Ele também fez declarações que precisam ser checadas - como a de que haveria mais duas células em sua organização de ultradireita.

Revolução na Noruega
O advogado de Breivik, Gerr Lippestad, havia dito neste fim de semana que seu cliente foi motivado por um desejo de fazer uma revolução na sociedade norueguesa para derrotar as políticas de imigração liberal e a expansão do Islã.

As motivações de Breivik se confirmam ao se levantar que estavam no acampamento muitos imigrantes ou filhos de imigrantes - o governo da Noruega adotou uma política mais aberta nos últimos anos para refugiados.                 
                                                                  Noruegueses prestam homenagem às vítimas do massacre, nesta segunda-feira (25), em Oslo (Foto: AFP)
                                    Homenagem às vítimas do massacre

Milhares de pessoas se reuniram nesta segunda-feira no centro de Oslo para prestar homenagem às vítimas do duplo ataque de sexta-feira, segundo um jornalista da agência de notícias France Presse no local.

A maioria dos participantes levava rosas, respondendo a um chamado realizado em várias outras cidades do país, segundo imagens da TV norueguesa.

Mais cedo, o número de mortos nos dois atentados foi reduzido pela polícia para 76 - sendo 68 no tiroteio na ilha de Utoeya e oito na explosão ocorrida em Oslo (capital). A contagem das autoridades até hoje era de 93 - sendo 86 no tiroteio e sete na explosão.


R7

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