
Esta mesma manifestação faz
lembrar o episódio de Getúlio Vargas no Jockey Club, quando recebeu uma sonora
vaia da Tribuna de Honra, onde estava a elite brasileira que assistia ao Grande
Prêmio Brasil. E aquela era uma competição nacional, e não uma de proporções
mundiais.
Nesta quinta-feira, 1,5 bilhão de
pessoas de todo o mundo viram a elite xingar e ofender a Presidenta de seu
país, com falta de educação e desrespeito.
Um dia, em São Paulo, Ademar de
Barros preparou uma arapuca, como sabia preparar quando se tratava de
desrespeitar políticos, em uma universidade. Arquitetou uma sonora vaia para
Juscelino Kubitschek. Ali, foram vaias de estudantes, também tramadas por homem
ligado ao dinheiro.
Vale guardar as devidas
proporções com os homens ligados ao dinheiro de hoje. Homens de empreiteiras e
bancos que frequentam a Polícia Federal por suspeitas de obras superfaturadas.
Casos escandalosos como os do Banestado, Panamericano ou do Banco Econômico, de
Angelo Calmon de Sá – que apesar de todas as denúncias ainda tem R$ 4 bilhões
para tomar do Banco Central.
No episódio envolvendo Juscelino
Kubitschek, o Presidente fez uma grande reflexão: “Feliz do pais que tem
estudantes que podem vaiar seu presidente.”
Ontem, não. Ali era falta de
civilidade ou um xingamento que na verdade mostrava um costume daqueles que
xingavam.
Triste do país cuja elite usa um
tipo de agressão de tão baixo nível para ofender seu Presidente sob os olhos do
mundo. Elite que não imagina o que poderá acontecer com o país quando, um dia,
o povo sofrido tiver o mesmo lamentável comportamento contra ela.
Os xingamentos a Dilma e a falta de civilidade da elite brasileira
Reviewed by Francisco Júnior
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21:00
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