
Alguns dias atrás existia no seio da comunidade paraibana uma grande interrogação. Estava no ar a pergunta se o senador Cássio Cunha Lima seria candidato ao governo do estado da Paraíba nas eleições deste ano, rompendo uma aliança iniciada em 2010 com o atual governador Ricardo Coutinho.
Nas ruas, nas praças, nos campos
de futebol, nas repartições públicas, nas igrejas, nos bares e em todas as
esquinas, a pergunta era uma só: Cássio é candidato?
Hoje, diante dos fatos ocorridos,
da postura do próprio senador e seus principais aliados e do clima de fervura
estabelecido, parece que esse questionamento não existe mais, pelo menos na
dimensão que era antes.
Nas entrevistas, Ricardo Coutinho
já compara o seu governo com os anteriores, incluindo o de Cássio, procurando
mostrar que fez muito mais.
Por sua vez o ex-governador
alfineta dizendo que não trata o cidadão paraibano como um saco de cimento,
levando a imagem de um governo mais humanizado.
Este não parece ser um
encaminhamento de aliança e tudo indica que os tucanos realmente terão
candidato próprio ao Palácio da Redenção. A candidatura cassista seria fato
consumado.
Por conta dessa possibilidade
iminente, a interrogação anterior perdeu volume e surgiram novas indagações na
política paraibana.
Os prefeitos que hoje anunciam
adesão e apoio ao governador, manterão o compromisso até o final da campanha?
Com quem ficarão os deputados dos
partidos que hoje fazem parte da base governista mas que, historicamente sempre
foram mais ligados ao Grupo Cunha Lima?
Numa disputa entre os 3, quem irá
para o segundo turno: Ricardo e Veneziano, Ricardo e Cássio, Cássio e
Veneziano?
Na hora do voto, o que valerá
mais na decisão do eleitorado: as estradas e outras obras de Ricardo Coutinho
ou o carisma e a popularidade de Cássio Cunha Lima?
Quem terá o apoio da maioria dos
funcionários estaduais?
As perguntas se sucedem e
alimentam uma atmosfera de incertezas. Ao que parece, o quadro político na
Paraíba, hoje, estaria altamente indefinido.
No alfabeto politiquês das reticências
e das vírgulas, ainda não aconteceram as exclamações. O ponto final poderá
demorar muito e ser até mesmo doloroso.
Durante um bom tempo continuará
soberano o ponto de interrogação, cobrindo a Paraíba de dúvidas e deixando
muitos politiqueiros impacientes e cada vez mais inseguros.
Por Simorion Matos
Novas interrogações na política paraibana
Reviewed by Francisco Júnior
on
14:08
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