“É para a liberdade que Cristo
nos libertou”. Com este lema, a Igreja vive mais uma edição da Campanha da
Fraternidade, que este ano traz o tema “Fraternidade e Tráfico Humano”. A
diocese de Campina Grande abriu oficialmente a CF 2014 na manhã de ontem, com
Missa na Catedral de Nossa Senhora da Conceição.
“Nenhum tipo de opressão agrada
ao coração de Deus. Precisamos olhar a realidade do tráfico humano com o
coração cristão, para que possamos lutar contra essa realidade”, alertou o
bispo diocesano Dom Manoel Delson. A Campanha da Fraternidade deste ano visa
identificar as práticas do tráfico humano para denunciá-lo como violação da
dignidade e da liberdade, mobilizando os cristãos e pessoas de boa vontade para
erradicar este mal social.Dom Delson explicou aos fieis a importância de todos
estarem atentos ao tráfico humano, alegando ser compromisso do cristão zelar
pelo bem do irmão. “Este é um crime silencioso. Acontece o tempo todo e pouca
gente vê e pouca gente fala, pois tem muitos traficantes que envolvem muito
dinheiro nesse crime. A maioria dos traficados são mulheres, levadas pela
promessa de bom emprego, prosperidade financeira, mas acabam caindo na
exploração sexual. Os homens são levados para o trabalho forçado, onde ficam
presos a dívidas aos patrões e ficam incomunicáveis, em condições sub-humanas”,
disse o bispo.
A CF fala no tráfico humano que
acontece para roubo de órgãos. Sobre isto, Dom Delson lembrou que a doação de
órgãos é uma atitude lícita e um ato de amor. “A doação de órgãos não é crime e
nós devemos fazer. Mas há os meios legais: quando há morte cerebral, onde a
pessoa não tornará mais, é um ato de amor, de doação. Crime é a compra de
órgãos, porque acaba explorando os mais pobres, que se deixam mutilar para o
beneficio de terceiros, que são extremamente mais ricos”, alertou.
Dom Delson convidou todos os
cristãos a se mobilizarem diante da realidade do tráfico humano. “Rezemos, nos
conscientizemos e aprendamos a denunciar quando há indícios nas nossas
comunidades, nas nossas cidades”. E concluiu: “a igreja defende sempre o ser
humano, sua vida e sua dignidade”. Ao final da celebração, a equipe diocesana
da CF explicou o cartaz, que traz mãos acorrentadas simbolizando a situação de
exploração.
Há também a mão que segura as
correntes, que simboliza os exploradores. Ao meio, as correntes rompidas,
lembram a esperança da liberdade que deve ser mantida por todos e uma busca
constante de todos os cristãos. Em uma das mãos, ainda há o desenho de um rim,
representando o tráfico ilegal de órgãos.
Com informações de Giovannia
Brito/Portal Correio da Paraíba
Igreja quer combater tráfico humano
Reviewed by Francisco Júnior
on
14:05
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