Choro e muita comoção marcam último carnaval de Bell no Chiclete

Finalizando seus trabalhos no Chiclete com Banana no Carnaval de Salvador, o vocalista e guitarrista Bell Marques conversou com o Portal UOL dentro do trio Nana Banana, onde o grupo faz sua últimas apresentações na folia baiana.

Dentro do camarim, ele disse não demonstrar, mas está triste com a separação, planejada para acontecer há cinco anos. “A história vai se desmoronando. É a parte mais triste. Agora as coisas vão se encaixando em um outro tempo, em outra fase. Mas é doloroso”.“Eu tento segurar a emoção, mas quando você olha cada sorriso no chão, é difícil segurar”, diz.

Bell ainda comentou sobre sua estreia solo. “Estou numa tensão, meu irmão. Mesmo que a banda do Vumbora seja muito boa e pesada, eles também estão tensos. Não tem como não ficar. Eu estou saindo de uma banda muito boa”, afirma.

Questionado se a tensão é pela reação dos fãs, ele descarta. “Não vai haver reação contrária. A quantidade de apoio que estou recebendo desde o anúncio tem sido incrível. Eu sei que eles estarão comigo”.

Marques ainda contou como será a estreia solo no Carnaval na terça (4). “Eu não sabia o que eu ia cantar, fiquei pensando: canto uma nova? Canto algo da minha carreira? Decidi que vou cantar “Ave Maria”. Vou abrir com ela, que é universal”, explica.

“Já avisei aos cordeiros que eles precisam segurar bem a bronca, vai ser pesado. Você entrou agora e eu estava conversando sobre isso, fico tenso pensando que tudo dê certo”, diz. “Minha história vem do rock, eu adoro. Vou trazer violino e violoncelo em cima do trio, que nem as bandas como Pink Floyd faz, misturar riff com cordas”, completa.

Antes do bloco começar a andar, na tarde deste sábado (1º), no circuito Dodô (Barra), o irmão de Bell, o tecladista Vado, disse ao microfone: “vamos se beijar e amar nesse momento emocionante”.

No chão, comoção. Alguns chicleteiros, de abadá ou sem, cantavam e pulavam aos prantos.

Com Uol