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Dezessete dos 594 atuais parlamentares podem ficar de fora
das eleições de 2014 por força da Lei da Ficha Limpa.
É o que mostra levantamento inédito da ONG Transparência
Brasil.
São dezesseis deputados e um senador condenados em segunda
instância por improbidade administrativa, compra de votos ou abuso de poder
econômico ou político.
O PSD tem quatro parlamentares enquadrados; o PMDB, três;
PSDB, PP e Pros, dois; PT, PSB, PSC e PRP têm um cada.
A Ficha Limpa é uma das poucas leis nascidas da iniciativa
popular. O projeto foi enviado ao Congresso em 2009 e aprovado logo em 2010. O
Supremo Tribunal Federal (STF), contudo, anulou a aplicação da lei na eleição
daquele ano, adiando seus efeitos para a disputa municipal de 2012. A corrida
de 2014 será, portanto, a primeira de âmbito estadual e federal na vigência da
lei.
FICHA POR FICHA
Dezessete parlamentares podem ser enquadrados na Lei da Ficha
Limpa em 2014, segundo a ONG Transparência Brasil. Confira abaixo e clique nos
nomes para conhecer as pendências judiciais de cada um
Senado
Cássio Cunha Lima (PSDB-PB)
Câmara
Silas Câmara (PSD-AM)
Marcos Montes (PSD-MG)
Junji Abe (PSD-SP)
Moreira Mendes (PSD-RO)
Edinho Araújo (PMDB-SP)
Fernando Jordão (PMDB-RJ)
Silas Brasileiro (PMDB-MG)
Paulo Maluf (PP-SP)
João Pizzolatti (PP-SC)
Zé Vieira (Pros-MA)
Marcio Junqueira (Pros-RR)
Newton Lima (PT-SP)
Emanuel Fernandes (PSDB-SP)
Abelardo Camarinha (PSB-SP)
Antônia Lúcia (PSC-AC)
Chico das Verduras (PRP-RR)
O texto prevê catorze hipóteses para afastar das urnas
políticos com a ficha suja. A inelegibilidade, no entanto, não é decretada
automaticamente. Para a aplicação da lei nos casos de improbidade
administrativa, por exemplo, é necessário comprovar que houve prejuízo para os
cofres públicos e enriquecimento ilícito. Cabe à Justiça Eleitoral decidir caso
a caso - foram 3.366 recursos ao Tribunal Superior Eleitoral (TSE) na eleição
de 2012, de um total de 7.781 processos relacionados ao registro de candidaturas,
segundo balanço divulgado em janeiro pela Corte.
Alguns dos nomes que aparecem no levantamento da
Transparência Brasil já tiveram problemas com a Lei da Ficha Limpa quatro anos
atrás. É o caso de Cássio Cunha Lima (PSDB-PB), o único senador da lista, e do
deputado João Pizzolatti (PP-SC). Eleitos em 2010, os dois foram barrados pela
Justiça Eleitoral e só tomaram posse após o STF decidir que a norma, mesmo
aprovada, não valeria para a corrida eleitoral de 2010.
O deputado Paulo Maluf (PP-SP) também teve a candidatura
impugnada em 2010, mas no mesmo ano conseguiu reverter a sentença condenatória
e se livrou da punição antes mesmo que o STF adiasse os efeitos da lei para
2012. Em 2013, porém, em nova derrota na Justiça, Maluf foi condenado por
improbidade administrativa e superfaturamento de obras.
A Lei da Ficha Limpa ameaça dezessete parlamentares este ano,
mas isso não significa que os demais 577 estejam quites com a Justiça, lembra o
diretor-executivo da Transparência Brasil, Claudio Weber Abramo. Na verdade,
como mostra levantamento do projeto Excelências, da Transparência Brasil,
recentemente relançado, com apoio de VEJA, quase a metade do Congresso (54,8%
dos deputados e 46,9% dos senadores) está enrolada na Justiça ou nos tribunais
de contas. A grande maioria dos processos, contudo, arrasta-se nos tribunais,
sem definição. "É uma invasão de gente com problemas na Justiça", diz
Abramo. "A política tem de ser protegida dessas pessoas".
Agora pb com Veja
Cássio Cunha Lima e mais 16 Deputados Federais estão inelegíveis
Reviewed by Francisco Júnior
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01:05
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