Ex-prefeito de Serra Branca fala sobre erros na derrota eleitoral em 2008 e qual o caminho das oposições para ganhar as eleições em 2012
Serra Branca 2012 - O Jogo da
Política
(Por Zizo Mamede)
(Por Zizo Mamede)
Em uma cidade pequena como Serra
Branca todo mundo sabe de tudo. Dos palavrões e das bravatas do prefeito numa
mesa de bar. Do filho que impõe à mãe que vote nos candidatos do prefeito
porque tem um carro locado na prefeitura. Do funcionário contratado sem
concurso e que é forçado a dividir o salário mínimo com outros. É contra essa
política baixa que lutamos. Mas é por mais do que isso. É uma luta pelo
fortalecimento das políticas públicas e das práticas políticas que assegurem a
liberdade de cada uma e de todas as pessoas. É uma luta num nível mais elevado
portanto.
O território da disputa
Serra Branca é um dos municípios da Paraíba mais favoráveis para as lutas dos partidos da chamada esquerda democrática e popular. E a explicação para isto está no fato de que a política local está polarizada entre dois projetos. De um lado o partido dos gaudêncios-torreões e agregados do PMDB, PR e DEM. Do outro lado a Frente Popular que desde 1992 reúne o PT e o PSB, e agora o PSD.
Os demais partidos, PSDB, PT do B, PTN, PMN, PTB serão disputados para as coligações lideradas pelos gaudêncios-torreões e pelo PT. Mas podem autonomamente lançar uma terceira candidatura majoritária, o que no momento parece pouco improvável.
A grande novidade que Serra Branca traz par a política da região do Cariri está pois no fato de que nas últimas décadas além do conservadorismo dos gaudêncios-torreões, não há uma segunda força política conservadora de vulto. O espaço da oposição é hegemonizado pela Frente Popular.
O papel do PT
O PT, principal partido político da oposição, sem nenhuma pretensão de hegemonizar os demais partidos aliados, não pode vacilar e precisa jogar o jogo. O PT precisa construir, em parceria com os demais partidos do arco de aliança, uma plataforma política mobilizadora que anime, envolva e empolgue os militantes, filiados e simpatizantes para a batalha eleitoral que se avizinha. Que faça da pré-campanha e da própria campanha eleitoral um grande movimento de cidadania, mas com muita esperança e alegria.
A construção desse movimento progressista e democrático só é viável dentro da tradição das últimas décadas, marcando as diferenças com a política de base familiar e com o fisiologismo tão marcante da tradição dos gaudêncios-torreões.
Entretanto, além da mística da boa luta política, cabe ao PT chamar os parceiros dos demais partidos, das igrejas, das associações comunitárias, das ONGs, etecetera, para a construção de um programa mínimo de governo. Um programa de compromissos com a população do município, que dê ênfase às parcerias indispensáveis com os governos da Paraíba e do Brasil para as política sociais e de infra estrutura, mas que priorize também a participação da sociedade no governo municipal.
O penúltimo passo antes da batalha
Como partido mais encorpado da oposição, cabe ao PT, respeitando as vontades, a autonomia e as decisões dos demais partidos da oposição, convencer todas essas forças de que é muito legítimo pleitear a indicação da cabeça da chapa majoritária. Mas o PT indicar para a coligação o nome para a cabeça da chapa não é algo natural, como na política nada está dado por antecipação.
Mais do que convencer os aliados é fundamental empoderá-los de maneira equânime também nas definições das chapas para a prefeito/vice-prefeito e câmara municipal. Para tanto é necessário criar uma espaço de debate político, um fórum ou um conselho das forças da oposição política em Serra Branca, sem prejuízo dos mais amplos debates com a sociedade na pré-campanha e na campanha eleitoral. Tudo isso é imprescindível para a mobilização política necessária à vitória eleitoral.
A prévia do PT – uma experiência inédita e um testemunho necessário
Pela primeira vez em Serra Branca, o Partido dos Trabalhadores marcha para fazer uma prévia que definirá quem será o candidato a prefeito da legenda. Como o PT não é de uma família nem é um partido com donatários, é isto o que manda a regra do partido quando mais de um companheiro e/ou companheira manifestam a vontade de serem indicados/as como candidato/a do partido. E no PT todos os filiados e filiadas têm legitimidade para se apresentar como tal.
Na prévia interna, ao PT de Serra Branca – seus dirigentes e filiados – cabe dar um forte testemunho da democracia interna do partido, jogando o jogo com transparência, com ética, com lealdade. Na disputa interna do PT não cabe nenhuma canelada. Nenhum jogo baixo, porque no município de Serra Branca o PT não joga baixo nem contra os seus mais ferrenhos adversários.
Aos filiados do PT que já manifestaram o desejo de escolha para a candidatura majoritária e a outros/as que ainda podem fazê-lo, cabe a boa luta, o bom debate e , se possível, a construção do consenso que une e fortalece o partido para a grande empreitada a que se propõe: ganhar a eleição com os aliados e com os aliados governar.
Se não houver um consenso prévio à data limite, que se faça um jogo limpo e ético, com a construção das propostas e dos projetos. Jamais com a desconstrução dos demais competidores. O PT precisa sair inteiro e coeso das prévias partidárias.
Política versus politicagem
Cabe ao PT fazer o que sabe fazer de melhor: fazer política como serviço à comunidade. Fazer política como projeto de sociedade. Recusar-se a fazer política seria um suicídio para o PT. Uma derrota para si mesmo. Foi este o maior erro do PT nas eleições e na derrota de 2008.
A politicagem fica com o partido dos gaudêncios-torreões e seus pajens. Não queremos essa experiência deles.
Paraíba Mix
O território da disputa
Serra Branca é um dos municípios da Paraíba mais favoráveis para as lutas dos partidos da chamada esquerda democrática e popular. E a explicação para isto está no fato de que a política local está polarizada entre dois projetos. De um lado o partido dos gaudêncios-torreões e agregados do PMDB, PR e DEM. Do outro lado a Frente Popular que desde 1992 reúne o PT e o PSB, e agora o PSD.
Os demais partidos, PSDB, PT do B, PTN, PMN, PTB serão disputados para as coligações lideradas pelos gaudêncios-torreões e pelo PT. Mas podem autonomamente lançar uma terceira candidatura majoritária, o que no momento parece pouco improvável.
A grande novidade que Serra Branca traz par a política da região do Cariri está pois no fato de que nas últimas décadas além do conservadorismo dos gaudêncios-torreões, não há uma segunda força política conservadora de vulto. O espaço da oposição é hegemonizado pela Frente Popular.
O papel do PT
O PT, principal partido político da oposição, sem nenhuma pretensão de hegemonizar os demais partidos aliados, não pode vacilar e precisa jogar o jogo. O PT precisa construir, em parceria com os demais partidos do arco de aliança, uma plataforma política mobilizadora que anime, envolva e empolgue os militantes, filiados e simpatizantes para a batalha eleitoral que se avizinha. Que faça da pré-campanha e da própria campanha eleitoral um grande movimento de cidadania, mas com muita esperança e alegria.
A construção desse movimento progressista e democrático só é viável dentro da tradição das últimas décadas, marcando as diferenças com a política de base familiar e com o fisiologismo tão marcante da tradição dos gaudêncios-torreões.
Entretanto, além da mística da boa luta política, cabe ao PT chamar os parceiros dos demais partidos, das igrejas, das associações comunitárias, das ONGs, etecetera, para a construção de um programa mínimo de governo. Um programa de compromissos com a população do município, que dê ênfase às parcerias indispensáveis com os governos da Paraíba e do Brasil para as política sociais e de infra estrutura, mas que priorize também a participação da sociedade no governo municipal.
O penúltimo passo antes da batalha
Como partido mais encorpado da oposição, cabe ao PT, respeitando as vontades, a autonomia e as decisões dos demais partidos da oposição, convencer todas essas forças de que é muito legítimo pleitear a indicação da cabeça da chapa majoritária. Mas o PT indicar para a coligação o nome para a cabeça da chapa não é algo natural, como na política nada está dado por antecipação.
Mais do que convencer os aliados é fundamental empoderá-los de maneira equânime também nas definições das chapas para a prefeito/vice-prefeito e câmara municipal. Para tanto é necessário criar uma espaço de debate político, um fórum ou um conselho das forças da oposição política em Serra Branca, sem prejuízo dos mais amplos debates com a sociedade na pré-campanha e na campanha eleitoral. Tudo isso é imprescindível para a mobilização política necessária à vitória eleitoral.
A prévia do PT – uma experiência inédita e um testemunho necessário
Pela primeira vez em Serra Branca, o Partido dos Trabalhadores marcha para fazer uma prévia que definirá quem será o candidato a prefeito da legenda. Como o PT não é de uma família nem é um partido com donatários, é isto o que manda a regra do partido quando mais de um companheiro e/ou companheira manifestam a vontade de serem indicados/as como candidato/a do partido. E no PT todos os filiados e filiadas têm legitimidade para se apresentar como tal.
Na prévia interna, ao PT de Serra Branca – seus dirigentes e filiados – cabe dar um forte testemunho da democracia interna do partido, jogando o jogo com transparência, com ética, com lealdade. Na disputa interna do PT não cabe nenhuma canelada. Nenhum jogo baixo, porque no município de Serra Branca o PT não joga baixo nem contra os seus mais ferrenhos adversários.
Aos filiados do PT que já manifestaram o desejo de escolha para a candidatura majoritária e a outros/as que ainda podem fazê-lo, cabe a boa luta, o bom debate e , se possível, a construção do consenso que une e fortalece o partido para a grande empreitada a que se propõe: ganhar a eleição com os aliados e com os aliados governar.
Se não houver um consenso prévio à data limite, que se faça um jogo limpo e ético, com a construção das propostas e dos projetos. Jamais com a desconstrução dos demais competidores. O PT precisa sair inteiro e coeso das prévias partidárias.
Política versus politicagem
Cabe ao PT fazer o que sabe fazer de melhor: fazer política como serviço à comunidade. Fazer política como projeto de sociedade. Recusar-se a fazer política seria um suicídio para o PT. Uma derrota para si mesmo. Foi este o maior erro do PT nas eleições e na derrota de 2008.
A politicagem fica com o partido dos gaudêncios-torreões e seus pajens. Não queremos essa experiência deles.
Paraíba Mix
Ex-prefeito de Serra Branca fala sobre erros na derrota eleitoral em 2008 e qual o caminho das oposições para ganhar as eleições em 2012
Reviewed by Francisco Júnior
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18:42
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