Zizo Mamede
Um internauta teve um orgasmo de ironia ao comentar que o jornal Folha de
São Paulo esta semana "conseguiu criticar o Governo Dilma por investir
mais recursos orçamentários em Educação do que em obras de
infra-estrutura." A má vontade da grande mídia com o governo do PT não
consegue esconder, mesmo quando critica, que no governo federal os avanços na
Educação são inegáveis.
Sem ufanismos, - o PT não inventou a roda não é mesmo? - mas após a chegada do
Partido dos Trabalhadores no governo central as iniciativas para melhorar os
níveis educacionais do país não cessam, cumprindo-se bem melhor o regime de
colaboração com os estados e municípios, conforme prescreve a Lei de Diretrizes
de Base da Educação (LDB).
Na Educação Básica, a parte o fracasso do EJA (Educação de Jovens e Adultos),
destacam-se o Fundeb, que literalmente amarrou melhor e com mais recursos
financeiros a execução do orçamento público para a os níveis básicos de ensino,
o Mais Educação, que amplia a jornada dos estudantes na escola e rearruma o
currículo objetivando uma educação integral, o ProInfância, que visa
reestruturar a rede de escolas de Educação Infantil, o programa Caminhos da
Escola que fornece transporte escolar digno para a criançada das escolas
municipais e estaduais.
Um dos programas mais vultosos do MEC para a Educação Básica é sem dúvida o do
livro didático. O Programa Nacional do Lívro Didático assegura esse recurso
pedagógico que conta com a escolha de livros feitas por cada escola, dentro de
uma série previamente analisada pelo MEC. O único argumento contra esse
programa é o de quem não vê importância no livro didático. Ou de quem não ver
saída prá nada mesmo.
Não dá para negar que o governo federal está na vanguarda das mudanças que a
Educação Básica vem experimentando. Hão de objetar os homens e mulheres de má
vontade que o presidencialismo hipertrofiado concentra recursos no Ministério
da Educação, o que inibiria as iniciativas dos prefeitos e governadores. Mas
outros partidos que ocuparam o governo federal fizeram inegavelmente muito
menos pela Educação Básica.
Mas é no ensino de graduação e no ensino tecnico que se encontram o maior
número de novos programas e ações educacionais nos últimos dez anos. Reuni.
Prouni. Sisu. Fies. Pronatec. Ciencia Sem Fronteira. A Política de Cotas
Sociais para o ingresso nas universidades e institutos federais de educação.
Mesmo assim, e não poderia ser diferente, são inúmeras as críticas contra as
políticas do MEC. De todos os lados, das corporações do setor, da grande mídia,
dos partidos da oposição, sempre insatisfeitos e insaciados.
Agora o Governo Federal lança a proposta de vincular os recursos arrecadados
com a expliração de petróleo às despesas com Educação.
Mas o nó mesmo e o seu desate é mais embaixo. O Brasil tem urgências no campo
da Educação, da Ciência e Tecnologia. Urgências mais graves do que na
infraestrutura porque rodovias, portos, aeroportos, ferrovias, hidrelétricas se
reslve com obras. Mas conhecimento escolar não é de imediato. Começa na base,
no cuidar desde a mais tenra idade. Aqui é que o caldo entorna, pois da parte
dos governos quem precisa botar a mão na massa são os prefeitos e os
governadores. (Não está-se aqui escamoteando o desafio maior de convercer
visceralmente cada família do tamanho deste desafio e do seu protagonismo nesta
empreitada).
É oportuno então indagar se nos nossos municípios e estados da federação as
iniciativas dos prefeitos e governadores estão a altura do problema. Pense aí
na sua cidade, sua aldeia primordial, quem o prefeito nomeou para comandar a
Secretaria de Educação. Avalie se é o melhor quadro e se é a melhor equipe. Se
tem conteúdo. Se tem mística. Se tem imaginação e criatividade. Se tem
liderança e autoridade. Se tem apoio do prefeito para dar conta do dever de
contribuir para encantar as profissionais de educação e a comunidade num
compromisso com o presente e com o futuro das crianças jovens da
municipalidade.
Se não tem, são lezando as nossas crianças e jovens. Estão furtando a Educação
dos filhos e filhas do Brasil.
Educação na Federação Brasileira
Reviewed by Francisco Júnior
on
16:00
Rating:
Nenhum comentário:
Postar um comentário