Revitalização do Rio Taperoá começa em 06 meses

O projeto de revitalização do Rio Taperoá, que possui 152 quilômetros de extensão e corta oito municípios do Cariri paraibano, deve começar em até seis meses. De acordo com o prefeito de Taperoá, Deoclécio Moura, dentro de 90 dias será concluído o projeto executivo, que vai detalhar as questões técnicas e orçamentárias das ações que pretendem transformar o meio ambiente e a economia da região.

“Após a conclusão do projeto executivo, poderemos partir já para a licitação. Acredito que em seis meses, o projeto, que contempla primeiramente obras de saneamento básico nos municípios, seja iniciado”, afirmou. Ele destacou a complexidade da obra, que terá pelo menos quatro pastas envolvidas.

O Ministério da Saúde será o executor do projeto, o de Desenvolvimento Agrário vai desenvolver os arranjos financeiros, o de Meio Ambiente cuidará das questões ambientais, o da Integração Nacional cuidará das cidades envolvidas e o Ministério da Agricultura atenderá à demanda na área agrícola.

O prefeito destacou que a emenda de R$ 100 milhões assegurada pelo senador Vital do Rêgo Filho no Plano Plurianual Anual (PPA) deve garantir 90% da obra. Quando elaborado em 2005, o projeto foi orçado em 135 milhões, valor que será atualizado a partir da montagem do projeto executivo.

Além da emenda, ele disse que os municípios banhados pelo rio também estão sendo contemplados com verba do Plano de Aceleração do Crescimento (PAC I), da ordem de R$ 50 milhões para obras de saneamento básico.

A revitalização do rio Taperoá prevê a execução de três etapas complementares: a primeira resolverá a questão dos esgotos que poluem o manancial, a segunda diz respeito à recuperação da mata ciliar e a última trata dos incentivos à geração de emprego e renda.

“Precisamos explorar de forma sustentável as áreas agrícolas que margeiam o rio, que são as mais férteis do Cariri”, destacou Deoclécio Moura.

Ele pontuou ainda que o sucesso do projeto depende da integração das prefeituras participantes, que estão unidas através da Associação dos Municípios do Cariri Paraibano (Amcap).

O prefeito defende a criação de um consórcio intermunicipal de meio ambiente para tocar a obra, como uma forma de evitar que questões de ordem política venham a atrapalhar o andamento das obras, tendo em vista que serão várias prefeituras e prefeitos envolvidos.

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