A vida do governador corre perigo, diz Jornalista

                                           Jornalista estreia coluna no PB Agora onde denuncia que a vida do governador corre risco                                                                                 
Pode ter passado despercebido para alguns, mas aos meus olhos não. Vou direto ao assunto: o Palácio da Redenção não oferece a menor segurança ao governador Ricardo Coutinho.

A absurda constatação foi confirmada na última semana quando dezenas e militantes invadiram, com a facilidade de quem estoura os portões de uma ‘mega liquidação’, o que deveria ser o reduto instransponível de um Chefe de Estado. Não é minha intenção aqui julgar os métodos empregados pelos professores em seu protesto, muitíssimo menos achar que esses poderiam por em perigo a integridade física do governador. A reflexão que fica é: qualquer um infiltrado na multidão estaria a poucas portas de ficar frente a frente com aquele, que, em nome da democracia (e da Constituição), deveria ter a vida preservada a todo custo.

Quem pôde ver as imagens do instante da invasão testemunhou o quão frágil é o aparato de segurança que “supostamente” deveria garantir a integridade do Chefe do Executivo e do próprio Palácio. Sorte que foram professores, por que se fossem outros grupos (dos que andam até com foices) não teria sobrado ali ‘pedra sobre pedra’.

A impressão que fica é que aquela imponente construção deixa de ser um Palácio para se tornar literalmente a “Casa de Noca”, onde entra quem quer e do jeito que quer.

Acho bonito demais aquele uniforme pomposo, com lenço brancos pendurado no pescoço, da guarda oficial do Palácio. Pra turista bater foto é uma beleza...

Vendo estarrecido a “casa” do governador invadida e transformada ‘naturalmente’ em um campo de batalha (qual o centro de vivência da UFPB), fico a me perguntar como devem se sentir ‘Dona Maria’ e ‘Seu Zé’ em sua casinha de uma porta e uma janela naquela tenebrosa favela de um bairro qualquer. Se até o Palácio é invadido, amigo velho, tem como o cidadão comum se sentir seguro?

Antes da enxurrada de ironias a me questionar ‘se desejo que o Estado ponha um policial na frente de cada casa’, rebato de pronto que não é a mim quem devem perguntar como deve ser prestada a segurança à população. Minha função na sociedade, além de informar, é suscitar a reflexão (mesmo que com posições das mais ferinas).

Então vamos refletir...

Segundo o escritor e pesquisador Zuenir Ventura, em seu livro “Cidade Partida” (que retrata a evolução da violência carioca), há 70 anos o Rio de Janeiro vivia as mesmas cenas de violência e insegurança que testemunhamos em nossa Paraíba.

N
ão por coincidência, naquela época, bandidos apareciam mortos misteriosamente por homens encapuzados; o uso de drogas arrebatava jovens dos braços de suas famílias; as comunidades passavam a se fechar quase como quarteis, onde quem dava ordem era o “chefe do pedaço” (batizado depois como “o dono da boca”). Então, os fatos se relacionam com o que vive nos últimos anos João Pessoa e até Campina Grande ou eu estou viajando, “mô fí”?

Espero que a realidade carioca não bata à nossa porta, ao invés de em 70 anos, em '7': 2012,2013,...2017 e 2018 (Eita, ano de eleição pra governador!)
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Jornalista Luis Alberto Guedes- PB AGORA

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