Dilma diz que governo Lula tirou da pobreza o equivalente à população da Argentina

A presidente Dilma Rousseff afirmou nesta segunda-feira (27) que o governo Lula tirou da pobreza o equivalente à população da Argentina, ao comentar um estudo da Fundação Getúlio Vargas (FGV) divulgado mais cedo. A pesquisa mostra que 40 milhões de brasileiros entraram para a classe média desde 2003 até maio deste ano.

Dilma viajou ao Rio para participar da festa de comemoração dos 60 anos do jornal O Dia, no Museu Histórico Nacional do Rio de Janeiro, no centro.

- É como se nesse período nós tirássemos da pobreza toda a Argentina, que tem 41 milhões de habitantes. Ou um pouco mais que duas vezes a população Chile, que tem em torno de 17 milhões. É um feito enorme e é muito importante porque significa que todos esses brasileiros se juntaram a um contingente de cidadãos com mais condições, com acesso a saúde, educação, consumo e aos jornais.

Durante seu discurso para uma plateia formada por políticos e personalidades, a presidente ressaltou que a principal meta do seu governo será eliminar a pobreza extrema.

Dilma lembrou, ainda, que o grande potencial do país “não é o petróleo, sua indústria ou agricultura, mas os 190 milhões de brasileiros”.

39,6 milhões entraram para a classe média

O estudo coordenado pelo professor Marcelo Nery mostrou que, entre 2003 e 2011, 39,6 milhões de pessoas passaram a ser da classe média. Desde 2009, houve uma alta de 9,12% na proporção de pessoas pertencentes ao grupo.

O governador do Rio de Janeiro, Sérgio Cabral, também participou da comemoração, mas não conversou com os jornalistas em sua primeira aparição pública após o acidente com o helicóptero na Bahia, que acabou expondo as relações pessoais que mantêm com empresários que têm negócios com o governo do Estado.

Na cerimônia, cinco personalidades que marcaram a história do Rio foram premiadas. A primeira homenageada foi Lucinha Araújo, mãe de Cazuza e diretora da instituição Viva Cazuza, que atende crianças e adolescentes portadores do vírus HIV.

Também foram homenageados o cantor e compositor Martinho da Vila, que cantou versos de uma música de sua autoria em que prenunciava a pacificação das favelas do Rio.

- Quando essa onda passar, vou te levar à favela. Para que vejas do alto, como a cidade é bela.

As personalidades discursaram ao lado da presidente Dilma, de Cabral, do prefeito Eduardo Paes e da secretária de Comunicação Social do governo federal, a ministra Helena Chagas.

Subiram ao palco ainda José Junior, coordenador do grupo Afroreggae, o sargento Márcio Alves, um dos heróis da tragédia na escola de Realengo, e a diretora da escola que obteve a melhor nota no Ideb (Índice de 

Desenvolvimento da Educação Básica) no Rio, Sueli Gaspar.

R7